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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Fanfic "João e Maria:a Vingança das Bruxas" Capitulo 5

A REVELAÇÃO

Então eu e Regina fomos pela floresta,e começamos a conversar.
-Sabe João,faz muito tempo que eu vivo nessa aldeia,eu nunca saí dela desde que nasci até agora,tenho uma vontade muito grande de conhecer o resto do mundo,e fazer algo significativo como você e sua irmã.-falou Regina.
-Então por que você nunca saiu?-falei.
-Tenho que cuidar dos meus avós eles já são muito velhinhos,não podem ficar sozinhos.
De repente um rosto feminino veio na minha cabeça e me chamava,uma mulher de cabelos ruivos,olhar bem triste assustado.Ela pedia ajuda.Balancei minha cabeça,tentando voltar para a realidade,mas não estava funcionando,fechei os meus olhos e coloquei as mãos nos ouvidos.
Regina se aproximou e pegou com as duas mãos na minha cabeça e olhou fixamente para mim e perguntou com a voz alta:
- Que foi?O que está acontecendo?
A voz da moça que me pedia ajudar,foi se afastando até que parou.Mesmo que a voz estivesse acabado,eu me senti mau,minha cabeça começou a doer e meu corpo estava todo tremendo.Meus olhos começaram a fechar,Regina segurou meu braço.Ela pegou um Cantil de Bolso,abriu,despejo a água na minha boca  e no meu rosto.A água estava tão gelada que eu fui melhorando.
- Eu não sei o que está acontecendo comigo,eu tenho que chegar em casa logo.
Regina fez uma cara de preocupada e disse com a voz baixa com medo que alguém estivesse ouvindo:
- Olha João,isso que está acontecendo com você só pode ser obra das bruxas!Elas querem que você e a sua irmã saiam do caminho delas.
Fiz um movimento com a boca para falar quando,dois trolls apareceram.O mais baixo jogou um tipo de pó magico em Regina,ela desmaio e ele a pegou nos enormes braços que ele possuía,eu fiquei sem reação,eu não me lembrava que os trolls usavam esses tipos de coisas,fiquei paralisado o  outro troll veio ao meu encontro,com a cara fechada,eu fiz uma posição de ataque,mas o troll jogou o pó no meu rosto e eu apaguei.
Acordei sentindo cheiro de bolo,passei a mão nos olhos e quando abrir.Tive um leve susto,varias pessoas estavam ao meu redor,mas não pessoas normais,eram criaturas mágicas.Anões,centauros,elfos,fadas,gnomos e entre outros.Quando eles perceberam que eu acordei,todos começaram a bater palma,até que os dois trolls que sequestraram eu e a Regina se aproximaram.Um deu um sorrisinho de lado,estirou a mão e disse:
- Ué João!Vamos levantar e conhecer seus novos aliados.
Fiz uma cara de assustado falei bem baixinho pra mim mesmo:
- Aliados?
O troll impaciente pegou na minha mão e puxou com tudo.
- Meu nome é Kenedo e o outro troll o que pegou a sua namorada é o Barton.-Disse o troll bem sorridente.
- Ela não é minha namorada...-Falei seriamente-Onde ela está?
Barton apontou para o lado esquerdo e a multidão que estava a minha volta foi se abrindo,e eu comecei a ver Regina sentada,fazendo tranças em uma menina.
Ela olhou para mim e sorriu.Olhei para Barton e perguntei:
- Que lugar é esse?...Já andei por toda a floresta e nunca vir um lugar tão magico.
- Aqui é onde os seres mágicos vivem - Disse Kenedo todo orgulhoso - Mas apenas pessoas que acreditam em criaturas lendárias podem ver tudo isso e como você é um caçador de bruxas você consegue ver e entrar nesse lugar que ficar abaixo da superfície.
- Mas como a Regina consegue ver também? - Perguntei com um olhar desconfiado.
- Regina é especial,mas só ela pode te dizer o porque. - Respondeu Barton.
A multidão começou a se afastar Kenedo me chamou para sentar e tomar uma bebida,fiquei analisando cada detalhe daquele lugar.Perguntei:
- Kenedo,porque não tem bruxas aqui?
Kenedo sem exitar respondeu:
- As bruxas negras não são bem-vindas aqui e as brancas...Nunca mais vimos uma depois da morte da sua mãe.
Fiz uma cara de espanto e perguntei:
- Então você conheceu a minha mãe?
Barton sentou-se a mesa e disse:
-Todos conhecemos a sua mãe,foi uma grande bruxa.Kenedo não conheceu ela pessoalmente,ele era pequeno,quando ela faleceu.E a Muriel também foi uma grande bruxa...
Interrompi e falei espantado:
- Pelo que me contaram a Muriel era uma bruxa negra.
Kenedo fez uma cara de assustado,ficou olhando para os lados e disse:
- Xiu caçador....Fale mais baixo,ninguém desse lugar saber disso.
Cada vez mais eu estava confuso e perguntei:
- Porque não sabem?
Barton murmurou:
- Muriel era uma de nós,mas ela sonhava em ser uma pessoa poderosa,ela queria ser mais forte que sua mãe Adrianna e a inveja consumiu ela.Muriel foi deixada na floresta com apenas poucos dias de vida,as ninfas cuidaram dela e os trolls protegiam ela.Depois que ela cresceu,ela jogou uma maldição para os trolls servirem as bruxas e então de família viramos escravos .
Regina sempre alegre chegou na nossa mesa e sentou.Kenedo olhou maliciosamente o olhar de Regina para mim e disse ao Barton:
- Vamos sair!João e Regina tem que conversar muito.
Ela olhou para Kenedo,sorriu,depois olhou para mim e perguntou:
- Do que precisamos conversar?
Kenedo e Barton saíram.Então olhei para Regina e perguntei:
- Porque esses dois trolls são menores que todos que eu já vi?
Regina olhou para eles que estavam se afastando e respondeu:
- Depende da especie do troll e eles são da especie menor.
Comecei a rodar o copo de cerveja na mesa e a Regina olhou para mim e perguntou:
- João o que eles falaram de mim?
Primeiro fiquei pensando no que Barton disse sobre a Regina e então resolvi perguntar a ela:
- O que você tem de especial para ter conseguido entrar aqui? 
Regina ficou séria e respondeu:
- João...Você acreditar em bruxas,não são apenas bruxas que existem nesse mundo,elas apenas dominaram a terra,enquanto as criaturas mágicas ficam aqui em baixo esperando isso tudo acabar para sair.
Ela estava desviando do assunto principal então perguntei novamente:
- O que você tem de especial Regina?
Os Olhos de Regina estavam assustados ela não queria falar,mas então ela respondeu falando bem baixo quase nem dava pra entender:
- Filha de ninfa com um humano.


Continua...















quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Once Upon a Time Tale:Despertar Capitulo 4

CAPITULO 4
O PREÇO DA MAGIA




NA MANHÃ SEGUINTE, EMMA CAMINHOU COM HENRY DE SUA casa até o ponto de ônibus, despreocupada se Regina os veria ou não. Ele estava muito feliz por vê-la, animado com John Doe e a Operação Cobra, e Emma ouviu seu falatório alegremente. Regina não iria afastá-la dali. Não mais. Depois que Henry acenou em despedida e o ônibus se afastou, Emma teve de dar uma parada rápida quando a única viatura policial da cidade avançou sobre uma entrada de garagem e bloqueou seu caminho na calçada. Graham acenou, desejou-lhe um bom dia e pulou para fora do carro. Você quase me atropelou disse Emma. — Olá! —Tive de chamar a sua atenção disse Graham. Essa foi a única forma que imaginei de fazer isso... — Vai me prender de novo? — disse Emma. — Deixe-me adivinhar. Acusada de ser uma pedestre imprudente. Ele sorriu e abaixou a cabeça, movimento que Emma considerou ser sua maneira de reconhecer a forma injusta como tinha sido tratada até agora. Emma sabia que Graham era simpático a ela, mesmo que ele e Regina parecessem ter uma relação complicada. Havia algo entre o xerife e a prefeita, talvez algo romântico. Ela não podia dizer o que era, mas sentia isso. E era uma coisa que tinha sentido. Muitas horas extras trabalhando juntos; nenhum deles comprometido... Ela ainda não sabia como se encaixava na equação de Storybrooke, mas certamente era um assunto que importava. Na verdade, quero lhe oferecer um emprego —disse Graham. Preciso de ajudante Sei que você é boa nisso. E acho que poderíamos trabalhar muito bem juntos. — Algo me diz que sua chefe não gostaria disso — disse Emma. Ela se surpreendeu com a oferta. Ficou lisonjeada, além do mais. E não se importaria de trabalhar algumas horas extras com Graham também, agora que começava a pensar nisso. Ela disse que não. Mas ele lhe pediu que pensasse sobre o assunto. Ela disse que o faria, e o xerife foi embora, aparentemente satisfeito por ter conseguido esse compromisso dela. A próxima surpresa veio na lanchonete, vinte minutos depois, quando Regina entrou em seu compartimento, deu um sorriso diabólico e disse: — Bom dia, Srta. Swan. Seu passeio com o meu filho foi bom? — E claro que você já sabe tudo sobre isso — respondeu Emma.
Não estou aqui para falar nisso. Não me importo com essa história. E entendo o seu desejo. Ele é uma criança adorável — disse Regina. — Então, vamos lá — disse Emma secamente Sobre o que quer conversar comigo? — Raízes, Srta. Swan. O problema são as raízes — respondeu Regina. — Raízes? — Isso mesmo — disse Regina. — Você não tem nenhuma raiz. Anda à deriva pelo mundo, nem tem capacidade de ficar muito tempo no mesmo lugar. Phoenix, Nashville, Tallahassee, Boston... E agora está aqui. Sem aluguel, ficando com a Srta. Blanchard. Por quanto tempo será dessa vez? Você compreende, vê o que estou querendo dizer? Estou contente que Henry esteja feliz, mas faço este apelo a você. Se for honesta consigo mesma, não entende que isso vai acabar machucando Henry em vez de ajudá-lo? Emma olhou fixamente, sentindo o frio que reconhecia como característica de um medo que ela tinha de si mesma. Regina percebeu isso e enfiou a faca ainda mais profundamente: — Você vai deixar a cidade, com o tempo. As pessoas não mudam. Por que não poupar os sentimentos de seu filho e arrancar logo o esparadrapo? Vai doer, mas apenas uma única vez... A prefeita levantou-se e foi embora. Emma ficou tão perturbada com o comentário, que se pôs de pé também, tentando pensar em algo para dizer em resposta. Mas as palavras não vieram. Tudo o que conseguiu fazer foi derrubar todo o seu chocolate quente, e o líquido escorreu sobre o seu suéter. Ruby viu isso acontecer, teve pena e mandou-a ir ate a lavanderia da lanchonete para lavar o suéter. — Minha amiga está lá atrás — disse ela, como se fosse uma ordem. — É simpática, converse com ela. Você vai lá? Ela deve estar passando por alguma dificuldade — disse Ruby, e foi embora. Com certeza, pensou Emma. Feliz em poder ajudar. Encolheu os ombros e se dirigiu para os fundos da lanchonete. A amiga de Ruby estava de fato lá, tentando (sem sucesso) lavar um conjunto de lençóis brancos, chorando enquanto fazia isso. Emma lhe deu alguns conselhos com base em seu conhecimento muito limitado de roupa: Tente um pouco de alvejante, amiga. Mas, ao sentir alguma conexão, a garota, Ashley era o nome dela, agarrou-se a Emma como um cachorrinho perdido e foi logo contando toda a sua história triste. Ruby com certeza tinha razão: ela estava passando por problemas. Dezenove anos, grávida, sozinha no mundo, nenhum plano, nenhuma maneira de ganhar dinheiro. "Onde é que já ouvi essa história antes?", pensou Emma, ao escutar as preocupações da jovem. Eu não sei, não sei — disse Ashley. Às vezes, tenho vontade de desistir. Você tem dezenove anos agora disse Emma. — Eu era uma adolescente de dezoito.
Ashley olhou para ela, percebendo o que Emma estava dizendo. Fica mais fácil com o tempo — mentiu Emma. —Mas, escute. O que vou dizer ê importante: quem decide ê você. Vai ter de escolher e, se resolver que pode fazer, faça. Porque vai conseguir. Ashley limpou o rosto, deixando que as palavras de Emma fossem assimiladas. Emma acrescentou: — A vida está aí para ser seguida. Você tem de seguir sua vida. Não parece que seja algo assim tão simples, mas é. Isso pareceu atingir Ashley. Algumas das nuvens que tinham estado sombreando seu rosto se dissiparam. Emma se surpreendeu um pouco com o próprio discurso, mas foi como ela chegara até ali. Seja ousado, seja forte, não há nenhuma outra maneira. Demoraria apenas algumas horas para que ela descobrisse que Ashley levara literalmente adiante seu conselho. ERA SÁBADO, e Mary Margaret e Emma estavam juntas no apartamento. Os poucos pertences de Emma já tinham sido entregues, vindos de seu apartamento em Boston. Ela estava arrumando suas roupas enquanto Mary Margaret fazia ovos mexidos. A vida estava começando a parecer um pouco mais normal. — E só isso? Isso é tudo o que você tem? — perguntou Mary Margaret avaliando a caixa. —Não sou nenhuma colecionadora de tralhas. Não guardo coisas — respondeu Emma. — Bem, fica mais fácil de fazer a mudança, certo? — disse Mary Margaret. Antes que Emma pudesse ficar chateada com o inocente comentário de Mary Margaret, a campainha tocou. Mary Margaret foi atender e arquejou um pouco quando viu quem era. O s.r. Gold, com um curativo na cabeça, escurecia a porta de entrada. - Olá, Srta. Blanchard — disse ele educadamente. — Estou procurando a Srta. Swan. Emma caminhou para a porta e se colocou atrás de Mary Margaret. Lembrava-se dele da Pensão da Vovó, na sua primeira noite na cidade. Sujeito assustador, esse... Sim? — foi tudo o que Emma disse. — Ah, Srta. Swan... Olá! — disse ele. — Talvez você se lembre do nosso breve encontro? Sou Gold, um homem de negócios... da região. — Eu me lembro - respondeu Emma. Ele assentiu e continuou: — Um passarinho me contou que você e muito boa em localizar as pessoas. E, como preciso rastrear alguém, pensei em dar uma passada aqui e oferecer-lhe trabalho. Tanto ela como Mary Margaret ficaram olhando para o homem por um longo tempo. Mary Margaret, em seguida, deu uma desculpa e se retirou. Emma, cautelosa, mas intrigada, deu de ombros e convidou-o a entrar.
- O nome dela é Ashley Boyd disse ele, enquanto ambos se sentavam no sofá da sala de estar. — Ela roubou algo de mim. — Por que você não chamou a polícia? —Porque esse é um assunto delicado. Não quero que a garota tenha problemas. Só preciso ter de volta aquilo que me foi roubado. — O que foi que ela roubou? — perguntou Emma. — Não acho que seja importante que você saiba do que se trata disse ele. — Encontre a garota, sei que você pode encontrá-la. E, quando a encontrar, o que me foi roubado estará com ela. Emma não sabia o que pensar, mas não faria mau algum ganhar um pouco de dinheiro nessa altura dos acontecimentos. Não tinha conseguido ganhar nem um centavo até agora, desde que chegara à cidade. — Ela invadiu minha loja ontem à noite, murmurando alguma coisa sobre tomar o controle, sobre o fato de ter escolhido assumir o controle da vida de alguém, algum disparate desse gênero — disse ele. Gold deu de ombros, tocou o curativo na cabeça, e, quando ele fez isso, Emma tentou esconder o brilho de surpresa nos olhos. "Minha nossa", pensou, "é a mesma Ashley da lanchonete". Tudo bem - Emma se viu falando. — Tudo bem. Vou encontrá-la. O s.r. Gold, aparentemente satisfeito, levantou-se e agradeceu à jovem. Na porta, quase foi atropelado por Henry. que vinha pulando, com um grande sorriso no rosto. — Eu tenho até... - vinha exclamando Henry, mas parou no meio da frase quando viu o sr. Gold olhando para ele. — Olá, meu jovem - disse o sr. Gold. A srta. Swan e eu estávamos conversando sobre assunto de negócios. Eu já estava de saída. Até mais ver. Henry parecia aterrorizado. E Emma sabia o porquê disso; lembrou-se do livro: Henry achava que Gold era Rumpelstiltskin. — Olá, sr. Gold -- disse Henry bem baixinho, e depois entrou no apartamento, cabisbaixo. Assim que o sr. Gold foi embora, Emma sentou-se com Henry e lhe disse que ele não poderia continuar a aparecer ali em segredo, mesmo que ela quisesse muito vê-lo. Explicou que Regina encontraria uma maneira de usar esse artifício contra eles. Henry assegurou-lhe que estava tudo bem que ele tinha até as cinco horas e que sua mãe nunca saberia. Emma não gostou nem um pouco disso. Antes que pudesse insistir no ponto que ele deveria ir embora para evitar ainda mais problemas, Henry começou a fazer perguntas sobre o motivo pelo qual o senhor Gold fora até lá. Ele me pediu para encontrar uma pessoa — disse ela. Uma garota. E apenas um trabalho. Que garota? — perguntou Henry.
— Duvido que você a conheça, rapaz disse ela, lamentando ter começado a contar a conversa com o homem. Henry sentou-se no sofá e começou a mexer em sua mochila, tirando algumas coisas. Pegou seu livro e começou a folhear as páginas. — Ela está grávida? — perguntou ele. Emma voltou-se para ele com os olhos arregalados. — Como você sabe disso? — perguntou ela. O PLANO DE EMMA ERA SIMPLES. Ela nunca fazia um plano complicado, a me nos que precisasse disso, e em sua experiência, sempre que ela tentava encontrar alguém, era mais simples começar a busca os amigos. Emma não sabia muita coisa sobre Ashley, mas sabia que tinha uma amiga em Storybrooke: Ruby. Ela e Henry foram direto para a lanchonete. Quando viu que Ruby ficou um momento livre, Emma puxou-a até a porta de trás e perguntou se ela tinha algum palpite sobre onde Ashley poderia ter se escondido. — Não sei não... disse Ruby, balançando a cabeça. — Desculpe-me — disse, enquanto empurrava a porta para trás e a mantinha aberta. - Estou esperando que eles me devolvam o meu carro, me desculpe. — Você acha que o namorado teria algum envolvimento nisso? — perguntou Emma. — Ele deve ter alguma relação com esse assunto, para estar envolvido no caso — disse Ruby. Ele não fala com ela há pelo menos seis meses. E um idiota completo. Ela mencionou que ele não tinha... feito a coisa certa — disse Emma. — Quando descobriu que ela estava grávida. Ele terminou com ela disse Ruby com desdém, mastigando com som alto o seu chiclete. Parecia que ela estava prestes a dizer alguma coisa, mas naquele momento um caminhão de reboque rodava pelo estacionamento dos fundos, puxando um Camaro vermelho cereja. O reboque parou e o motorista saiu, acenou para Ruby( que acenou de volta de maneira bastante provocante, Emma percebeu, e ainda acrescentou uma despedida rebolativa dos quadris só para ter certeza), e começou a descer o veículo. Era um belo carro para uma garçonete, pensou Emma. —E onde está a família de Ashley? — perguntou Emma. —Na verdade, ela realmente não tem família — disse Ruby. — Parece que tem uma madrasta horrível em algum lugar. Acho que deve ter meias-irmãs. Não sei. Ela não fala com elas. Henry puxou de maneira conspiratória a jaqueta de Emma, e lhe acenou quando ela olhou para baixo. Emma balançou a cabeça negativamente e mandou-lhe um olhar de "agora não, moleque". — Sabe de uma coisa? Talvez você devesse perguntar ao Sean— disse Ruby. Talvez ele saiba de alguma coisa. Ele mora com o pai. — Ela pegou a mão de Emma, puxou-a para si e, em seguida, pegou a caneta
atrás da orelha. — Vou anotar o endereço. UM HOMEM CORPULENTO, na casa dos cinquenta anos, abriu a porta quando Emma tocou a campainha, naquele grande sobrado de meados do século passado. Devia ser o pai. Ela perguntou por Sean, e o homem se apresentou como Mitchell Herman, perguntando o que ela queria. A maneira como ele disse o próprio nome, a maneira como ele apertou a mão dela e cruzou os braços depois disso - Emma sentia quando não ia gostar de alguém. Esses ricaços gordos e mandões não faziam exatamente o tipo dela. Emma estava feliz por ter deixado Henry no carro enquanto explicava que Ashley havia sumido e que tinha sido contratada para encontrá-la. Contou-lhe alguns outros detalhes, mas Mitchell assumiu de cara o que ela lhe deu no início e disse: —É claro que ela desapareceu, é claro que ela não cumpriu o acordo. Não se pode confiar nela para ser uma boa mãe, não se pode confiar nela para fazer a coisa certa. Para início de conversa, ela se permitiu ficar grávida, não e? "Ah", Emma pensou. "Eu realmente não gosto de você." — Quem está na porta, pai? Emma ouviu alguém falar e, atrás de Mitchell, Sean emergiu de um quarto nos fundos e veio pelo saguão. Ele era tão jovem, apenas um garoto, não devia ter nem mesmo vinte anos. Assim como Ashley Emma não podia acreditar que seu próprio filho, um dia, também pudesse se transformar em semelhante criatura, viva e grandalhona. E não podia acreditar que ela mesma tivesse sido como Ashley... — Está tudo bem? — perguntou Sean. — Não, Sean, nem tudo está bem disse Emma, e sua voz soou de repente dura, inflexível. — Ashley está desaparecida. Se você souber de algo, deve me dizer onde ela está ou então precisa avisar a polícia. Agora mesmo. —E estou falando sério, se souber de qualquer coisa... Sean ficou extremamente agitado quando ouviu essa informação, e tentou passar pelo pai, que o deteve e bloqueou a porta. — O que você quer dizer com "desapareceu"? — disse Sean. — Onde ela está? E o bebê? — Não — disse Mitchell. Virou-se para o filho. — Fique aí dentro, vamos conversar em um minuto. — Já entendi disse Emma. — Você é o motivo, certo? Foi por isso que ele rompeu com a menina, por sua causa. Mitchell olhou para ela como um idiota. — Eu tinha tudo arranjado para aquela menina. Tudo certo. E ela estava de acordo. Foi tudo muito civilizado. Tudo o que a garota tinha a fazer era seguir adiante, e pronto. —O que você quer dizer com "tinha tudo arranjado"?— perguntou Emma.
— Quero dizer exatamente isso mesmo — ele respondeu. — Eu tinha feito um acordo. — Pelo bebê? Você vendeu o bebê? E quem é o comprador? —perguntou Emma. Mitchell Herman parecia honestamente confuso agora, e Emma foi relembrando palavra por palavra da conversa, tentando descobrir o que lhe teria escapado. E então percebeu. — Gold — disse. — É claro. — Sim, claro, Gold — disse o homem. —Não foi ele quem a contratou? Para trazer o bebê de volta? Achei que você trabalhava para esse sujeito. Emma fechou os olhos, já devia ter adivinhado toda a história lá atrás, na lanchonete, quando estivera conversando com Ruby... Ruby, que sabia de tudo também, desde o começo E a tinha enviado até ali para conseguir mais algum tempo para Ashley. A propriedade de Gold que Ashley tinha roubado era... ela mesma. Droga pensou Emma, girando o corpo e correndo de volta para o V W. Já dentro do carro, deu partida no motor. — Temos de encontrar essa garota, Henry disse Emma, pondo o carro em marcha. — Ela entrou em pânico e precisa de nossa ajuda. E já deve estar fugindo da cidade. Ha apenas uma estrada que leva para fora de Storybrooke — disse Henry. — Mas... — Não me venha com essa história de maldição agora, garoto — disse Emma. — Isto é real, isto é de verdade. Ela está fugindo e deve estar bem longe, a esta altura. Dez minutos mais tarde, sentindo-se como se estivesse interpretando o papel principal em um pesadelo, Emma fez uma curva na estrada tora da cidade e viu o vermelho brilhante da parte traseira do Camaro apontando para cima, para fora de uma vala. Ela bateu o carro, pensou Emma ao pisar no freio, e em seguida saiu correndo para o carro de Ruby. Ashley não estava ao volante, o que foi um alívio, na verdade. Emma olhou em volta, examinou a mata. E ouviu os gemidos quase imediatamente. Ela e Henry encontraram a garota uns três metros além da linha das árvores, sentada no chão, segurando a barriga. Quando ela viu quem se aproximava, olhou- os, e seus olhos estavam cheios de terror. —O bebê — gritou ela. — O bebê está nascendo agora! EMMA E HENRY SENTARAM-SE JUNTOS na sala de espera da Emergência do hospital, quando Ashley desapareceu no final do corredor, levada pelos enfermeiros. Emma, nervosamente olhando para seus sapatos, não percebeu quando Henry ergueu os olhos do livro e a estudou. Ela torcia as mãos e mexia nos dedos, ocupada demais, imaginando o que Ashley estaria passando. Imaginando e lembrando. Não podia acreditar que Ashley tivesse chegado tão perto do desastre. Uma garota como essa sozinha na floresta... —Você é a única— disse Henry.
Emma olhou para ele —O que foi que você disse? — perguntou Emma. —Você é a única que pode sair de Storybrooke disse ele. — Todos nós estamos presos aqui. Se quiser, pode ir embora. Você sabe disso, certo? — O que você quer dizer com isso? São as regras da magia. E assim que a maldição funciona. As pessoas que já estão aqui na cidade não podem sair, porque acontecem coisas ruins sempre que tentam escapar. Você não está presa, entendeu? Você é especial. Você não é daqui. Então pode ir embora quando quiser, a qualquer momento. E tudo bem em relação a isso, vou entender... Ela sentiu vontade de estender a mão, puxa-lo para si, aconchegar a cabeça dele contra o peito. Para protegê-lo das coisas que não tinham sentido. Mas Emma se recompôs, estendendo a mão e segurando o braço da cadeira. —Qualquer um pode ir embora, garoto — disse ela. Não ha nenhuma maldição. - Ela viu que o medico vinha em direção a eles pelo corredor. —E, além disso, acrescentou, ficando de pé, não vou a lugar nenhum. Há muita gente perdida por aqui. O sorriso no rosto do medico contou a Emma tudo o que ela precisava saber, mesmo antes de ouvir os detalhes: a bebê tem dois quilos e setecentos, e tanto ela como a mãe estão saudáveis e felizes. — Obrigada disse Emma. O alívio da tensão fez com que soltasse os ombros. Ela pegou na mão do médico e a apertou. Muito obrigada — disse. Henry tinha de estar em casa às cinco da tarde, se ela quisesse evitar outra sessão de broncas por parte de Regina, então mandou que ele recolhesse suas coisas e ambos cruzaram a sala em direção ao banheiro. Com o canto do olho, através da janela da frente, viu o sr. Gold se aproximando do hospital, balançando a bengala alegremente. Ele entrou, olhou em volta. Emma foi até ele, tomou-o pelo braço e acompanhou-o até as máquinas de venda automática. — Deveria ter me contado disse ela. — Sobre a bebê. Ela não é uma mercadoria, e essa coisa toda cheira muito mal! Ah! — disse Gold, deliciado. — Então... é uma menina? — Ela vai ficar com a bebê. A escolha não é sua. Ela é quem tem de escolher. —Mas ela já escolheu Srta. Swan retrucou Gold. Meses atrás. Temos um contrato. Então, vá para casa e rasgue-o — disse Emma, — porque isso não significa mais nada. Nada mais. Ficaram olhando um para o outro por um momento. A tensão se quebrou quando Gold, inclinando a cabeça, com um brilho de admiração nos olhos, disse: — Muito bem, Srta. Swan. Vou deixá-la escapar disso. Mas comigo não fica nenhuma dívida sem ser paga. A senhorita vai ter de me dar algo em troca.
— Que tal um saco de roupa suja? —disse Emma. —Basta dar um pulinho rápido em meu apartamento, pois tenho um lá. — Você me deve um favor. Um favor — disse ele, levantando um dedo. Simples. Você gosta das coisas simples, não é? Ela não estava gostando daquilo, mas não parecia ter escolha. — Tudo bem — disse Emma. E estendeu a mão. — Combinado. Juntos, Emma e Henry rodaram pela cidade, passaram pela lanchonete, onde Emma vislumbrou Ruby flertando com Billy, o garoto do caminhão de reboque. Emma deixou Henry em casa com quinze minutos de antecedência da hora marcada, e estava de volta à casa de Mary Margaret dez minutos depois, sem saber direito o que fazer do dia. O que ela sabia que não iria a lugar nenhum. Ligou para o xerife Granam e perguntou-lhe se a oferta de emprego ainda estava de pé, porque, se estivesse, toparia. Proteger e servir — disse Emma, olhando para o relógio da torre. — Sou um bocado boa nisso. — Certamente, parece ser disse Graham. Vejo você na segunda-feira, Emma.